Já falamos sobre Escritório de Projetos, o famoso PMO. Já
ouviram falar? Trata-se do Project
Management Office, é um corpo ou
entidade organizacional. Agora atenção:
PMO não é cargo! As pessoas confundem
muito isso. Às vezes começa-se o PMO com uma só pessoa, e vc acaba chamando
esta pessoa de PMO da empresa. Não é bem assim, PMO acaba sendo cargo, e não é! PMO é um setor ou entidade. O PMO tem varias responsabilidades dentro de
um organização, e é a organização que vai definir como o PMO irá atuar, podendo
ser com base em Metodologia (papel de definir, auditar, implantar, etc),
Pessoas (treinamento, promovendo, avaliando , alocando gerentes, etc..) e
Ferramentas (qual ferramenta utilizar, treinar, dar suporte e gerenciar aquela
ferramenta, etc). A organização pode
preferir ter um escritório que agregue todas as três funções, mas só uma destas
funções já dá um trabalho enorme.
De qualquer maneira, o PMO é um conceito que vem sendo
adotado por muitas organizações, que aos poucos reconhecem sua importância, se
consolidando efetivamente na implantação de processos de gerenciamento de
projetos na organização. Conforme
mencionado, é uma ferramenta útil na hora de promover a cultura de gestão de
projetos, padronizar processos, implementar ferramentas de apoio como sistemas
de informação, modelos de avaliação de maturidade e metodologia adaptada à
realidade da organização executora, bem como melhorar o desempenho da
organização como um todo. Mas como toda
implantação que se preze, deverá ter forte apoio da alta administração da
organização para ter sucesso.
Segundo o próprio PMI, os PMOs são tipicamente implementados
para formalizar e padronizar práticas, processos e operações de gerenciamento
de projetos, e esses processos padronizados deveriam conduzir a resultados
consistentes e repetíveis, e a uma maior probabilidade de sucesso dos projetos
(PMI, 2004).
Na opinião de Kerzner, a missão do PMO deve ser revisada e
ajustada regularmente ao longo do desenvolvimento da organização. O grande
desafio do escritório de projetos é garantir que a organização disponha de
métodos e práticas flexíveis e adaptáveis em um ambiente cada vez mais complexo
(KERZNER, 2005).
Segundo Kerzner, “o escritório de projetos agora tem
responsabilidade de manter toda a propriedade intelectual relacionada ao
gerenciamento de projetos e suportar ativamente o planejamento estratégico da
organização” (KERZNER, 2005, p. 188, tradução nossa).
Dinsmore (1998) propõe cinco modelos de PMO:
- Equipe Autônoma
de Projeto (é a estrutura de gerenciamento de projeto própria para cada
projeto);
- Project Support
Office (PSO) (é a estrutura de apoio técnico e administrativo, ferramentas e
serviços a vários projetos simultaneamente);
- Project Management
Center of Excellence (PMCOE) (estrutura
que deve disseminar idéias, converter os incrédulos e transformar os adeptos em
profissionais, é o responsável pela elaboração e manutenção da metodologia e
melhores práticas de gerenciamento de projetos na empresa);
- Program
Management Office (PrgMO) (gerencia os gerentes de projeto, ou seja, é a
responsável pelos resultados dos projetos, mantendo seu foco nos projetos
prioritários da organização);
- Chief Project
Officer (CPO) (Tem um nível mais estratégico, com a responsabilidade de
gerenciar o portfólio de projetos da organização, desde a formulação estratégica
até o seu desdobramento em projetos.)
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