Antes de iniciarmos falando sobre Partes Interessadas, vale
a pena explicar resumidamente o que significa o gerenciamento das comunicações
do projeto, pela definição clássica inclui os processos necessários para
assegurar que as informações do projeto sejam geradas, coletadas e
distribuídas, recuperadas e organizada de maneira oportuna e apropriada. Para o pessoal que trabalha com TI com
certeza parecerá familiar pois trata-se de uma definição tradicional de uma
gestão de base de dados, certo? Então
basicamente é isso ai: comunicação é para que o Gerente de Projeto e sua equipe
trabalhe as informações do projeto.
Gerenciar comunicação é gerenciar não só todas as comunicações que estão
trafegando no projeto, mas como ela é gerada , em que momento ela é entregue e como ela pode ser armazenada e recuperada
depois, ficou claro?
Pois bem, depois do TERMO DE ABERTURA visto em um post
anterior, o próximo processo lógico é IDENTIFICAR AS PARTES INTERESSADAS. Esse é o caminho lógico, mas o PMBOK não fala
que tem que ser assim, mas ele deixa bem claro, o projeto só existe após o
Termo de Abertura.
Para identificação das partes interessadas, normalmente você
gera um documento, um registro dos stakeholders que é fundamental para identificar
e começar a avaliar elas (ou eles) desde o inicio. Em se tratando da identificação, eu posso
criar um registro onde incluo o nome, posição na organização, local, papel no projeto, informações de contato, etc
e depois, ou paralelamente, começo a
avaliar as partes interessadas.
E como posso avaliar?
Posso levantar no mesmo registro informações relativas aos requisitos essenciais,
principais expectativas, influência potencial no projeto... opa!! Isso é
importante, para cada parte interessada, devemos realizar as seguintes
perguntas: ela pode bagunçar meu projeto? Ela pode cancelar meu projeto? Ela
pode atrasar meu projeto? Ela pode
antecipar o meu projeto? Ela libera verba para o meu projeto? Ela pode
influenciar outros stakeholders a fazerem isso tudo? Assim, você já vai
definindo os impactos para futuramente definir quais serão as estratégias para
tratar os impactos dos stakeholders.
Quando for classificar, o Gerente de Projeto e sua equipe
podem informar se ele é um stakeholder interno ou externo, se ele apoia, se é
neutro ou se ele é “resistente” à ideia do projeto. Gostaram
do “resistente”? É justamente porque não é de bom tom dizer que é contra o
projeto, tem que se tomar cuidado com as palavras que se usa para não melindrar
ou já criar um estigma, presenciei casos em que utilizaram a palavra “essencial”,
até porque, quem sabe como bom Gerente de Projeto você consiga, diminuir esta resistência
e conquistar o apoio o projeto? Quem sabe a ideia ainda não foi transmitida da
forma correta?
Tenham em mente sempre o seguinte: é fundamental não esquecer
ninguém! Pode-se chegar a dezenas,
centenas e até milhares de partes interessadas, não importa, temos que tentar
levantar o máximo possível de partes interessadas. É semelhante a idéia do Zero Defeito na
Gestão de Qualidade, o 6 sigma, lembram?
Posso não conseguir o ZERO defeito, mas tenho que chegar o mais próximo
disso. É o mesmo conceito no caso da
identificação dos stakeholders, posso não conseguir identificar ou lembrar de TODOS,
mas tenho que chegar o mais próximo possível disso.
Clique aqui para ver um template que achei na NET de um registro de partes interessadas.
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