• sexta-feira, 3 de maio de 2013

    Sistema de Lubrificação por Névoa (Oil Mist) - parte 1


    Esta série de artigos tem o propósito de mostrar a história do sistema de lubrificação por névoa (conhecido também por Oil Mist), como funciona, sua aplicação, seus benefícios e desvantangens.

    Introdução

    Oil mist hoje em dia é uma velha solução para velhos problemas apresentados na indústria.  Sua invenção foi na Europa lá nos anos 30 quando a industria de fibras tinha um problema: os rolamentos de alta velocidade estavam falhando em uma taxa inaceitável.  Os engenheiros naquela época deduziram que o problema não era na verdade dos rolamentos em si mas da tecnologia de lubrificação.   Graxa não funciona bem em altas velocidades e o óleo deixava a temperatura do rolamento excessivamente alta.  Consequentemente, acabaram inventando o sistema de lubrificação Oil Mist e os problemas com os rolamentos diminuiram sensívelmente.


    Nos anos 60, Oil Mist acabou chegando na América do Norte quando foi introduzido pelas refinarias de petróleo e plantas petroquímicas.  Empresas tais como Exxon e Chevron aplicaram o sistema Oil Mist no rolamento de suas bombas.  Nos anos 70, Oil Mist começou a ser utilizado em motores elétricos, o qual trouxe, ao contrário do que se pensava na época, sensível melhora de performance.

    Hoje em dia, este sistema é utilizado em milhares de sistemas aoa redor do mundo, desde o extremo frio do Canadá ao calor escaldante do Oriente Médio.  Oil Mis se tornou conhecido e respeitado mundialmente como um componente essencial e importante de qualquer processo que queira melhorar sua confiança.  Até alguns especialistas chegaram a dizer que este é a mais importante parte do processo de melhoria da capacidade de equipamentos de um sistema.

    Descrição do Oil Mist

    Mas o que é o OIL MIST afinal?  Um expert no assunto resumiu dessa forma: “Atualmente o custo do Oil Mist é justificado, ambientalmente limpo, além de ser um sistema de lubrificação centralizado que continuamente e eficientemente atomiza o óleo em pequenas partículas e então transmite e entrega a correta quantidade de lubrificante oil mist pressurizado para os rolamentos e superfícieis metálicas, resultando na melhora da lubrificação, menores reparos/falhas, diminuindo o custo do ciclo de vida e aumenta a vida do equipamento.”  Uou!!!

    Eu sei que você deve estar impressionado pela definição acima mas, o que toda esta definição significa?  Bem, aqui vamos nós.  Oil Mist é gerado pela introdução de óleo líquido e ar em velocidade sônica em um tubo venturi (vórtex).  Assim, o óleo experimenta o fenômeno da força de cisalhamento e vibrações instáveis das altas velocidades angulares do ar.  Trabalhando juntos, estas ações combinadas acabam formando partículas de óleo ou gotículas de 1 a 3 microns com o ar. Lembram de como funcionava o carburador dos carros mais antigos? O princípio é muito semelhante.  A viscosidade do óleo constitui um fator importantíssimo na produção da nebulização, havendo assim necessidade de aquecedores de ar e de óleo juntamente com controles termostáticos.


    Este óleo em suspensão é uma mistura de aproximadamente 1 parte de óleo por 200.000 partes de ar.  É limpo, uma mistura bastante estável e pode, por exemplo, ser transmitida horizontalmente até 183 metros em um tubo de 2 polegadas galvanizado.  Ele parece como uma fina fumaça de cigarro.  As temperaturas ambiente não afetam o Oil Mist, caso ele leve no máximo 7 minutos para chegar aos rolamentos.

    A recuperação do óleo atomizado por meio de anteparas ou reclassificadores é chamada reclassificação do óleo atomizado.  Na saída do Venturi podemos encontrar 3 tipos de conexões: névoa, atomização, condensação.  Essas conexões permitem proporcionar diversos graus de reclassificação.

    A viscosidade é ditada pela necessidade das partes a serem lubrificadas. Como a formação da nebulização aumenta à medida que se diminui a viscosidade e como a viscosidade diminui à medida que se aumenta a temperatura, deduz- se que, com o aumento de temperatura, aumenta a formação de nebulização. Como regra geral, onde há mais de um tipo de óleo em uso para lubrificar um equipamento, deve-se escolher o óleo usado para as mais severas condições de operação desse equipamento. Para aplicações que não requeiram óleos EP é prática usar óleo de turbina e, no caso de óleos EP, usar óleos especiais para nebulização, chamados Oils Mist.

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