Esta série de artigos tem o propósito de mostrar a história do sistema
de lubrificação por névoa (conhecido também por Oil Mist), como funciona, sua
aplicação, seus benefícios e desvantangens.
Introdução
Oil mist hoje em dia é uma velha solução para velhos problemas
apresentados na indústria. Sua invenção foi na Europa lá nos anos 30
quando a industria de fibras tinha um problema: os rolamentos de alta
velocidade estavam falhando em uma taxa inaceitável. Os engenheiros
naquela época deduziram que o problema não era na verdade dos rolamentos em si
mas da tecnologia de lubrificação. Graxa não funciona bem em altas
velocidades e o óleo deixava a temperatura do rolamento excessivamente alta.
Consequentemente, acabaram inventando o sistema de lubrificação Oil Mist
e os problemas com os rolamentos diminuiram sensívelmente.
Nos anos 60, Oil Mist acabou chegando na América do Norte quando foi
introduzido pelas refinarias de petróleo e plantas petroquímicas. Empresas
tais como Exxon e Chevron aplicaram o sistema Oil Mist no rolamento de suas
bombas. Nos anos 70, Oil Mist começou a ser utilizado em motores
elétricos, o qual trouxe, ao contrário do que se pensava na época, sensível
melhora de performance.
Hoje em dia, este sistema é utilizado em milhares de sistemas aoa redor
do mundo, desde o extremo frio do Canadá ao calor escaldante do Oriente Médio.
Oil Mis se tornou conhecido e respeitado mundialmente como um componente
essencial e importante de qualquer processo que queira melhorar sua confiança.
Até alguns especialistas chegaram a dizer que este é a mais importante
parte do processo de melhoria da capacidade de equipamentos de um sistema.
Descrição do Oil Mist
Mas o que é o OIL MIST afinal? Um expert no assunto resumiu dessa
forma: “Atualmente o custo do Oil Mist é justificado, ambientalmente limpo,
além de ser um sistema de lubrificação centralizado que continuamente e
eficientemente atomiza o óleo em pequenas partículas e então transmite e entrega
a correta quantidade de lubrificante oil mist pressurizado para os rolamentos e
superfícieis metálicas, resultando na melhora da lubrificação, menores
reparos/falhas, diminuindo o custo do ciclo de vida e aumenta a vida do
equipamento.” Uou!!!
Eu sei que você deve estar impressionado pela definição acima mas, o que
toda esta definição significa? Bem, aqui vamos nós. Oil Mist é
gerado pela introdução de óleo líquido e ar em velocidade sônica em um tubo
venturi (vórtex). Assim, o óleo experimenta o fenômeno da força de
cisalhamento e vibrações instáveis das altas velocidades angulares do ar.
Trabalhando juntos, estas ações combinadas acabam formando partículas de
óleo ou gotículas de 1 a 3 microns com o ar. Lembram de como funcionava o
carburador dos carros mais antigos? O princípio é muito semelhante. A
viscosidade do óleo constitui um fator importantíssimo na produção da
nebulização, havendo assim necessidade de aquecedores de ar e de óleo
juntamente com controles termostáticos.
Este óleo em suspensão é uma mistura de aproximadamente 1 parte de óleo
por 200.000 partes de ar. É limpo, uma mistura bastante estável e pode,
por exemplo, ser transmitida horizontalmente até 183 metros em um tubo de 2
polegadas galvanizado. Ele parece como uma fina fumaça de cigarro.
As temperaturas ambiente não afetam o Oil Mist, caso ele leve no máximo 7
minutos para chegar aos rolamentos.
A recuperação do óleo atomizado por meio de anteparas ou
reclassificadores é chamada reclassificação do óleo atomizado. Na saída
do Venturi podemos encontrar 3 tipos de conexões: névoa, atomização,
condensação. Essas conexões permitem proporcionar diversos graus de
reclassificação.
A viscosidade é ditada pela necessidade das partes a serem lubrificadas.
Como a formação da nebulização aumenta à medida que se diminui a viscosidade e
como a viscosidade diminui à medida que se aumenta a temperatura, deduz- se
que, com o aumento de temperatura, aumenta a formação de nebulização. Como
regra geral, onde há mais de um tipo de óleo em uso para lubrificar um
equipamento, deve-se escolher o óleo usado para as mais severas condições de
operação desse equipamento. Para aplicações que não requeiram óleos EP é
prática usar óleo de turbina e, no caso de óleos EP, usar óleos especiais para
nebulização, chamados Oils Mist.
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