A maioria das organizações falha em suas práticas de solução
de problemas, já que não têm uma boa qualidade na análise da causa raiz e em
suas atividades de Kaizen e ao não enfatizar estes como um processo natural
durante as atividades diárias.
Algumas mudanças nas atitudes dos líderes para estimular a
melhoria contínua.
Escute as pessoas de forma apropriada. Para isso, você deve
esquecer sua posição/cargo e escutar como se estivesse no mesmo nível da outra
pessoa que está falando com você. Tente escutar totalmente o outro para que
este discurso seja bem mais importante do que o seu. Controle seu ego ao não se
colocar como o centro das conversas, minimizar suas próprias ideias, não
precisando demonstrar que sabe a solução e seus desejos sobre como as coisas deveriam
ser. Na verdade, pelo contrário, tendemos a ser apegados aos nossos pontos de
vista e tentamos convencer os outros, em vez de escutar totalmente a outra
pessoa e entender seus pontos de vista. Devemos nos libertar de nossos
julgamentos para permitir que o outro expresse a sua opinião livremente. Mas
mesmo que consigamos escutar apropriadamente, não será suficiente se o próximo
comportamento não for adequado.
Faça as perguntas certas (perguntas simples). Será ainda
melhor se cada pergunta tiver um propósito claro. Alguns exemplos:
- Para obter informação: Você pode me falar mais sobre isso?
Você pode me falar o que realmente aconteceu? De que mais você consegue se
lembrar sobre isso?
Para entender o ponto de vista da outra pessoa ou o que ela
valoriza: O que você acha? Em que você acha que precisamos focar? Em vez de
dizer a ela no que focar. Incentive-a a ter uma percepção dos objetivos, metas
conectadas aos Kpi’s. Neste caso, isso significa que essas metas e objetivos
devem estar claros para eles em seus níveis.
• Para fazer conexões sobre duas ou mais questões: Como isso
se relaciona com aquilo que você disse sobre xxx há pouco? Aqui, incentive-a a
pensar e estabelecer uma relação de causa e efeito entre cada fato e a praticar
sua habilidade de análise da causa raiz.
• Para promover ideias: Quais opções nós temos? Quais opções
estão disponíveis para isso? O que você poderia fazer? Que ideias você tem?
Aqui, incentive-a a estabelecer uma conexão entre cada ideia ou contramedida
com cada causa raiz. Tenha certeza de que ela não está pulando para a solução.
• Para influenciar decisões: Então, o que você decidiu
fazer? Qual opção você quer checar primeiro? Aqui, novamente, incentive-a a
entender ou a explicar qual é a razão de cada decisão. Poderia ser baseado em
estratificação usando um Pareto, por exemplo.
•- Para influenciar a pessoa a agir: Então, o que você
poderia fazer sobre isso agora? (Aqui, incentive-a a elaborar um plano de
implementação).
•- Para preparar a pessoa a superar obstáculos ao tomar uma
ação: Então, o que poderia nos interromper nesta tarefa? Como você superaria
isso?
Como podemos fazer isso e ainda manter aquilo funcionando?
Qual tipo de apoio você precisa para isso?
• Para ajudar a pessoa a chegar a uma conclusão: Então,
quais são seus pensamentos sobre isso agora? Qual a conclusão que você está
tirando disso agora? Quais são seus sentimentos sobre isso? O que você aprendeu
com isso? Isso poderia ser aplicado para enxergar seus aprendizados quanto à
verificação da causa raiz real ou da contramedida efetiva etc.
•Para todas essas questões, podemos finalizar com:
•Pense sobre isso e diga-me o que você acha, eu voltarei
mais tarde. Informe um tempo regular. Por exemplo, se você costuma ir ao chão
de fábrica toda manhã, peça a todos que falem sobre seus pensamentos na manhã
seguinte, ou se você costuma encontrá-los durante a reunião de produção,
peça-os para falar sobre seus pensamentos após a reunião etc. Essa percepção de
periodicidade para receber as opiniões criará uma percepção de rotina ou hábito
para eles. E você deve voltar novamente para escutar as opiniões deles.
•Não é necessário fazer todas essas perguntas de uma vez.
Poderia ser em partes, em turnos diferentes, em dias diferentes. O que estamos
fazendo aqui é treinar as pessoas a pensarem sistematicamente através do PDCA.
Formulários podem ser usados para apoiar seu processo de pensamento. Mas o
diálogo frequente é essencial (em vez de usar apenas formulários e corrigi-los
depois).
• O princípio é: o papel da liderança tornar os
colaboradores bem-sucedidos em seu trabalho, provendo as habilidades e recursos
necessários para alcançarem o sucesso. O diálogo acima já é uma forma de
desenvolver suas habilidades e criatividade do PDCA durante um trabalho normal.
Ao mesmo tempo, é uma forma de praticar as habilidades de coaching e aprender
com eles, entendendo melhor o processo e seus detalhes, o que nos ajudará a ter
melhor qualidade nas questões diárias.
Às vezes, no início, você pode não saber qual pergunta fazer
depois. Geralmente isso é um indicador de que estamos confusos em nosso próprio
pensamento PDCA ou não compreendemos o problema real, portanto o PDCA não está
estruturado em nossa mente ainda. Assim, isso significa que precisamos escutar
mais, coletar mais fatos e ir ver no Gemba).
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