• quinta-feira, 18 de outubro de 2012

    Gerenciamento de Projetos - Introdução

    Iniciarei uma série de posts tentando passar um pouco do que sei sobre Gerenciamento de Projetos, e assim tentar contribuir com quem quer conhecer um pouco mais sobre as melhores práticas de gerenciamento. 

    Antes de qualquer coisa, vamos começar falando sobre o que é o PMI? O Project Management Institute, nada mais é do que uma instituição, seria como se fosse uma associação profissional internacional, com sede nos EUA, que se espalhou no globo todo e agrega informações  de todos os países em que ele chega.  E que informações são essas?  Informações em gestão de projeto.  Ele tenta fazer o que? Tenta descobrir quais são as melhores práticas que estão sendo desenvolvidas no globo, independente se é em TI, nas Engenharias, etc.. e que sejam praticadas pela maioria, pega isso tudo, analisa e critica, e montam o PMBOK que é o manual das boas práticas.

    Importantíssimo: O PMBOK não é metodologia!! É boa prática! Esta definição é fundamental, pois apesar do PMBOK trazer todas as boas práticas de um Gerenciamento de Projeto, ele não obriga aplicar todas estas práticas, afinal vai depender das características do projeto a ser feito a necessidade de aplicar esta ou aquela boa prática, e quem vai definir isto é o GP.  Isto inclusive está claro no PMBOK.  É claro que existem boas práticas que são mandatórias e em alguns caso seria falta de ética não utilizá-las, mas é a empresa ou o GP que escolhe a metodologia que será aplicada para o desenvolvimento do projeto e baseado nesta escolha, se define quais boas práticas serão aplicadas.  Se fosse metodologia seríamos forçados a aplicar tudo o que estava escrito.  A empresa também pode adotar metodologias diferentes para cada tipo de projeto. Para isso, ela deve criar parâmetros para definir a complexidade do projeto, tais como: importância do cliente; importância dentro do planejamento estratégico da empresa; estimativas de custo; estimativas de prazo; etc. Metodologias mais simples para projetos de pequena complexidade e metodologias mais rebuscadas para projetos mais complexos.  Lembrando que quanto mais complexa for a metodologia, mais esforços (custos) a empresa terá que concentrar no Gerenciamento de Projetos. Vale ressaltar que o sucesso na criação e implementação de uma metodologia de Gerenciamento de Projetos depende diretamente da participação e apoio da alta cúpula da organização.

    Exemplo de metodologias: IPA (O IPA, tem uma metodologia própria, não claramente divulgada, de dar um número para mensurar o FEL no momento de aprovação do Projeto) , Prince2 (Projects in Controlled Environments, é uma metodologia criada e mantida pelo governo britânico e utilizada por instituições públicas e privadas). Se procurarem pela Ásia encontrarão outras metodologias e por aí vai.

    As boas práticas do PMBOK foram criadas para se adaptarem a qualquer atividade, desta forma, são as boas práticas mais aceitas e reconhecidas mundialmente.

    O PMBOK parece uma bíblia de tanta informação, e conhecer ele a fundo é um verdadeiro desafio pela quantidade enorme de informação contida (e não contida) nele.  De qualquer forma, esta é mais uma competência que o GP deve ter: saber lidar e assimilar muita informação, afinal um Projeto é repleto de informações, reflexo até do nosso dia-a-dia cada vez mais conectado e recebendo informações de todos os lados.

    O PMBOK é atualizado  pelo PMI a cada 4 anos, trazendo modificações para se manter atualizado sempre com as melhores práticas mundiais.

    Para provar o conhecimento, experiência e domínio destas boas práticas, o PMI criou uma certificação, chamada PMP (Project Management Professional), justamente para poder se tornar um associado, e esta certificação vem ganhando cada vez mais reconhecimento do mercado visto que as empresas estão cada vez mais conscientes da importância do gerenciamento dos seus projetos alinhados com seu planejamento estratégico.

    Além do PMP, que é destinado para quem já tem experiência em Gerenciamento de Projetos, já que exige experiência comprovada para se qualificar para a prova, outras foram surgindo como a CAPM, voltada inicialmente para equipe de projetos, para quem é recém formado e quer uma certificação para provar que conhece a teoria, etc... PMP-SP, para quem quer se certificar em controle de tempo, cronograma etc e  PMP-RP para quem quer se certificar em análise e gerenciamento de risco.

    A certificação é um exame que verifica o conhecimento das boas práticas do PMBOK, tem que ter experiência e adesão ao código de ética do PMI, que preconiza o trabalho com profissionalismo, e a pessoa pode perder para sempre a certificação se for provado que infrigiu o código de ética.  E quem pode acusar o PMP por infrigir o código de ética?  Qualquer um.

    Vantagens: comprovação do seu conhecimento, reconhecimento/valorização pelo mercado, mais chances de progresso no seu campo. 

    Eu sempre digo o seguinte: faça se realmente valer a pena, ou seja, se seu mercado não reconhece, se seus clientes não reconhecem como interessante, não amplia suas chances de ser reconhecido pela empresa, vai fazer para quê? Só para ter?  Lembre-se que o custo, o investimento de tempo e o desgaste emocional serão altos.

    É isso para início de conversa, continuaremos a falar mais sobre os processos de Gerenciamento de Projetos nos próximos posts, NÃO PERCAM!!

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