• sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

    Processos de Planejamento - Parte 6 - Tempo



    E finalmente, finalizamos todo nosso esforço no processo de prazo desenvolvendo o que chamamos de linha de base do tempo, o Cronograma.  Você irá utilizar todas as informações que levantou até agora, e mais: calendários (feriados, férias, dias úteis, etc), restrições, premissas, antecipações, disponibilidade, riscos, etc. para desenvolver o tal cronograma.  Posso ainda criar pontos de controle, ou Marcos, que são normalmente datas “chave” do projeto, alguns definidos geralmente em contrato, acordo com cliente,  outros definidos pela própria equipe de projeto como marcos de gerenciamento.  Posso por exemplo definir marcos com base em datas específicas onde gostaria de executar acompanhamento do andamento do projeto.  Os Marcos não possuem prazo, são apenas datas específicas, pontos específicos dentro do cronograma, não sei se já viram, mas normalmente são utilizados como símbolo uns losangos pretos.  Este mundo de Gerenciamento de Projeto não é mesmo excitante?

    Não poderíamos terminar de falar da área de Prazo, sem falarmos do Caminho Crítico.  O Caminho Crítico é o caminho mais longo do diagrama de rede, portanto é o caminho que me dá o tempo total do projeto, não tem folgas e por este motivo, qualquer atraso irá impactar no prazo final do projeto, e o pior: pode haver mais de 1 caminho crítico em todo o projeto.  Neste caso, com base em toda esta criticidade, advinha de todas as atividades que existem no cronograma, quais as que eu vou olhar com mais atenção??? É fácil: as atividades que estão no caminho crítico é claro!   E dessa forma, se eu tenho mais de 1 caminho crítico no meu projeto, com certeza terei o dobro de chances de ter atividades que possam comprometer o prazo do projeto.  A vantagem, ou desvantagem neste caso de ter 2 caminhos críticos, é que se um caminho crítico atrasar, o outro deixa de ser caminho crítico, porque esta que atrasou passa a ter o caminho mais longo, entendeu ou ficou complicado?

    E o que fazer quando o cronograma que vc levou tanto tempo para planejar e ajustar, começar a sofrer desvios?  E se vc acabou de planejar o cronograma e viu que ultrapassou o prazo estipulado, ou simplesmente levou pro seu chefe e ele muito mal humorado reclamou que está muito grande?   Fazer o quê?  Se jogar da ponte?  Mandar seu chefe lá para aquele lugar?? Claro que não, existem algumas saídas, e vocÊ como um ótimo Gerente de Projeto poderá utilizar recursos como a técnica de COMPRESSÃO (ou CRASHING)  onde sem mudar o escopo, você diminui a duração da sua atividade.  Neste caso em particular eu teria, por exemplo, 4 pessoas (4hh) para executar a atividade num determinado tempo e ao colocar o dobro de pessoas, 8 (8 hh), consigo reduzir a duração pela metade e assim vou trazendo o cronograma para dentro do prazo almejado.  É claro que isso traz consequências, e a maior é o aumento de custo, pois aumentando os recursos, aumento o custo investido para a realização da atividade. Aliás, repararam que esta técnica é para ser aplicada em uma atividade de cada vez.  A outra técnica seria o PARALELISMO (ou FAST TRACKING), e como funciona? Simples, uma atividade teria relação TI (Término x Início) com outra, eu quebro este relacionamento entre as duas e eu faço elas em paralelo, a consequência disso é aumentar o risco.  Se lembra do exemplo mostrado em posts anteriores sobre a sequência "montar o carpete x realizar a pintura da parede"? Pois é, se eu por as duas equipes fazendo ao mesmo tempo as duas atividades conseguirei diminuir o tempo teoricamente, mas como consequência aumento o risco, já que poderei acabar sujando o carpete, ou fazendo com que os profissionais deem trombadas durante a operação.   Como já repararam, diferentemente da COMPRESSÃO, no PARALELISMO eu faço obrigatoriamente com duas atividades. Vale ressaltar que estas técnicas são para ser aplicada nas atividades que estão no caminho crítico, que consequentemente irão impactar no prazo total do projeto.


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