• quinta-feira, 27 de junho de 2013

    Processos de Planejamento - Parte 11 - Riscos - parte 1


    Continuando nossa saga pelos diversos processos de Gerenciamento de Projetos, hoje falaremos sobre Gestão de riscos, que é tão “simples” como cronograma, tão “simples” que tem uma certificação só pra isso: PMP-RP. E para falarmos de um assunto tão complexo e cheio de riscos, tentarei explicar de uma forma diferente.

    O cientista Albert Einstein costumava dizer: Deus não joga dados..... mentiraaaa, Ele criou os dados!! Jogou tanto que os planetas ficaram redondos.  Brincadeiras a parte, hoje em dia a comunidade científica já acredita mesmo que os dados são criação Dele, e que o Universo na verdade é um verdadeiro caos.

    Além disso, no início dos tempos, todo mundo só queria saber de milagre, era milagre pra lá, milagre pra cá, toda hora milagre, abre mar, fecha mar, parecia propagando política, então ele começou a gastar tanto, que foi descansar, dando um tempinho, uns dias no tempo dele, quando voltou ele veio com uma grande idéia, é verdade que nem todo mundo gostou, teve um que chegou a desafiá-lo, mas acabou sendo expulso de perto dele, mas isso é uma outra história, de qualquer forma, ele veio com a seguinte idéia que acabou vingando:  eu vou dividir, vou criar uma regra que vai valer pra todo mundo, o que fugir dessa regra eu vou trabalhar nas exceções, e nestas exceções eu faço milagre.  Como era difícil transmitir este conceito para os pobres mortais, Ele chegou e mandou colocar um nome bonitinho para esta regra geral, que ele deu o nome de: Probabilidades!

    Então, já que falamos em dados, se eu pego um dado com 6 lados, e lanço este dado, qual a probabilidade de cair um lado em específico?  1/6 de chances.  Se eu lançar de novo, qual a probabilidade? 1/6. E sempre vai ser assim, não é maravilhoso como a matemática das probabilidades funciona? 

    Quando trabalhamos com risco, trabalhamos com isto: probabilidades e não com os milagres.  Já ouviram alguma vez: “Cara, foi um milagre não ter acontecido isso”, com certeza já né? Pois esquece isso, não se trabalha com riscos assim.   Quando vamos gerenciar riscos, a probabilidade vale pra tudo, consequência é um detalhe, é uma percepção.  Por exemplo: você vai pegar um avião de São Paulo para o Rio de Janeiro, na escala Rio-São Paulo em plena sexta-feira às 17hs, próximo a um feriadão, e tenta de um lado e tenta do outro, os voos todos lotados e não consegue voar, pois é, que droga não?  Não conseguiu pegar o avião, mas afinal a probabilidade era muito pequena que você conseguisse numa sexta-feira e ainda mais no final da tarde e ainda próximo de um feriadão.

    Pois bem, como eu disse, a probabilidade era muito pequena, mas e as consequências eram ruins ou boas? Para você a princípio foi ruim, pois você estava louco para viajar.  Se conseguisse, a consequência seria, a princípio, boa. Mas digamos que você na ultima hora consegue um voo saindo meia noite para o Rio de Janeiro, chegando no aeroporto do Rio você percebe um alvoroço, um corre-corre e as pessoas discutindo, outras perplexas e algumas chorando e aí você descobre que aconteceu um acidente terrível com o voo anterior não conseguindo chegar no Rio de Janeiro e caindo pelo caminho.  Neste caso, a probabilidade não se alterou, mas para você a consequência agora foi boa, já que você perdeu o voo anterior e acabou se salvando.   Assim que basicamente funciona o risco, ressaltando que estamos falando especificamente de riscos em projetos, isto é, o risco tem probabilidades de acontecer e pode ter consequências ao projeto, que podem ser boas ou ruins, mas o risco é o mesmo.

    Sabendo disso, gerenciar risco é maximizar as probabilidades dos riscos que geram consequências positivas e minimizar as probabilidades dos riscos que geram consequências negativas.  Quando fazemos aquela análise de forças, a famosa matriz SWOT (força [strenght], oportunidades [opportunities], fraquezas [weakness] e ameaças [threads]) que os gringos gostam tanto, oportunidade não é uma coisa certa, existe uma probabilidade de aquilo acontecer, consequência de você se dar bem, ameaça não é uma certeza é uma probabilidade de acontecer alguma coisa que se acontecer pode ser prejudicial para sua empresa. Tudo o que for oportunidade no projeto é risco positivo, tudo o que for ameaça se trata de riscos negativos.  E aí você tem que trabalhar as respostas, sendo que as pessoas as vezes confundem e quando são perguntadas sobre o que fazer com os riscos respondem que devemos eliminar todos os riscos, o que é um grande engano, afinal como vimos anteriormente, os riscos podem ser positivos e você não seria louco de eliminar uma oportunidade boa para o projeto, além disso é muito difícil eliminar todos os riscos, por isso deve-se entender que o gerenciamento dos riscos tem como objetivo primordial maximizar os riscos positivos e minimizar os riscos negativos.

    Continua....

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário