• segunda-feira, 25 de março de 2013

    Excelência operacional: métodos estatísticos.


    Com muitos já sabem a Estatística é a ciência que se utiliza das teorias probabilísticas para obter informação e explicar a frequência da ocorrência de determinado evento e até mesmo prever a evolução futura de um fenômeno.  E nada mais propício do que utilizar esta ciência nos eventos que ocorrem nos processos produtivos, que no geral são repetitivos e de certa forma controlados.  Já foi provado que os métodos estatísticos são ferramentas muito úteis para a melhoria do processo produtivo e identificação de defeitos.  Contudo, não devemos nos empolgar com esta ciência ao ponto de achar que é infalível, viso que trata-se apenas de maus uma ferramenta: ela pode não funcionar da maneira que se espera  por uma série de fatores: falta de habilidade de quem a utiliza, recursos inadequados, etc.

    Presenciei em várias empresas, com frequência, a tentativa de reduzir os problemas que ocorrem na fabricação de um produto, através de uma abordagem direta, buscando-se incessantemente a causa do problema, utilizando diversas ferramentas estatísticas.  Ou seja, o problema ou o defeito ocorria, e iam diretamente atrás da causa do problema.  Mas isto não seria o correto?  A primeira vista sim.  Sair medindo, levantando, anotando, registrando, gerando quilos de dados poder não ser tão produtivo assim, se você pular ou passar muito rapidamente pela etapa que acredito ser a mais importante: a cuidadosa e paciente observação do fenômeno ou defeito.  Se lembram dos filósofos e pensadores gregos do passado?  Que ferramentas eles tinha na mão? Quase nenhuma.  E conhecimentos? Muito pouco em comparação com hoje em dia.  Então eles utilizavam o que?  A pura e honesta observação dos fenômenos, aliados ao bom senso científico e sua experiência anterior para deduzir os fenômenos.  Mas ao contrário de antigamente, hoje temos ferramentas e recursos maravilhosos, que as vezes acabam por nos desvirtuar de práticas simples mas eficientes, e neste caso, a importância da observação é primordial para que a verdadeira causa fique evidente e aí sim, possamos utilizar as tais ferramentas como a maravilhosa Estatística para nos ajudar na melhoria do processo em questão, pois a mesmas conferem objetividade e exatidão ao método da observação.

    O que não deixa de ser contraditório não é mesmo? Utilizar-se de uma “observação”, que é uma percepção sensorial, para depois utilizar a Estatística de forma a expressar a intuição ou ideia em fatos.  Usar evidências obtidas a partir de resultados específicos da observação.  Mas é isso mesmo, a observação é companheira da estatística e um não vive sem o outro.  Os resultados da observação, sujeitos como são a erros, inferências, variações, limitações etc. estão sujeitas a toda uma variação que precisa ser refinada, limitada às características relevantes das unidades de interesse.  

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