• quarta-feira, 13 de março de 2013

    Processos de Planejamento - Parte 7 - Custo I


    Agora que já temos o cronograma do projeto, podemos começar a nos envolver nos processos relativos às estimativas de custos para poder gerar um orçamento do projeto.  

    Em muitos casos o Gerente de Projetos já recebe o projeto com o planejamento de custo todo pronto, ou tem uma equipe que prepara isso tudo, mas também em muitos casos o próprio Gerente de Projetos e sua equipe necessitam realizar todo o refinamento relativo aos custos do projeto. 

    As estimativas começaram lá na fase de iniciação do projeto e continuamos o trabalho de refinamento tentando alcançar um certo grau de precisão, que obviamente aumentará conforme o projeto progride dentro do seu ciclo de vida.   Na iniciação não tínhamos informação com relação as atividades e pacotes de trabalho, portanto trabalhávamos com uma precisão de +/- 50% do real (grande desvio não é mesmo?), é a chamada Estimativa de Ordem de Magnitude Bruta (OMB).  Já na fase de Planejamento, as informações vão se tornando mais realísticas, pois temos as informações relativas ao Escopo mais definidas, e consequentemente temos uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto) e seus desdobramentos em termos de atividades e pacotes de trabalho, portanto a precisão da estimativa dos custos aumenta para -10% a +25% do real, pois o GP poderá estimar os custos de cada atividade.

    E como são feitas as estimativas?  Quando começamos a fazer estimativas, ela tem uma margem de erro, influenciada até pelo tipo de projeto que está se realizando.  Se for, por exemplo, um projeto de um prédio no centro do Rio , você pode fazer uma estimativa de forma análoga, já que foram feitos milhares de outros prédios e existe portanto um histórico.  E se quisermos fazer um projeto de marketing. Em cima de quê? De um projeto que já foi feito antes.  Então se aplica uma estimativa análoga.  Mas e se nunca foi feito antes?  Bom, pode-se pedir ajuda aos especialistas, utilizar um bom senso, informações históricas, etc...  Uma coisa que é importante frisar, da mesma forma que comentamos com relação as estimativas de tempo, o envolvimento da equipe e de quem vai realizar a atividade na definição destes custos também é muito importante.

    Lembra-se que quando estávamos desenvolvendo o Cronograma, fizemos o levantamento dos  recursos (pessoas, equipamentos, material etc), estimando HH, custo de material etc?   Pois agora é a hora de utilizar estas informações nas estimativas, somando cada atividade que compõe aquele pacote de trabalho, para chegar ao custo total de cada pacote.  E consequentemente, ao se somar os custos de todos os pacotes teremos o custo do projeto consolidado.  Esta prática é intitulada BOTTOM-UP, ou de baixo para cima, fazer isso requer uma EAP exata. Já o inverso, TOP-DOWN, ou de cima para baixo, também pode ser aplicado, mas não é muito utilizado.

    CONTINUA....

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