Agora que já temos o cronograma
do projeto, podemos começar a nos envolver nos processos relativos às
estimativas de custos para poder gerar um orçamento do projeto.
Em muitos casos o Gerente de Projetos já recebe o projeto com
o planejamento de custo todo pronto, ou tem uma equipe que prepara isso
tudo, mas também em muitos casos o próprio Gerente de Projetos e sua equipe necessitam realizar
todo o refinamento relativo aos custos do projeto.
As estimativas começaram lá na
fase de iniciação do projeto e continuamos o trabalho de refinamento tentando
alcançar um certo grau de precisão, que obviamente aumentará conforme o projeto
progride dentro do seu ciclo de vida.
Na iniciação não tínhamos informação com relação as atividades e pacotes
de trabalho, portanto trabalhávamos com uma precisão de +/- 50% do real (grande
desvio não é mesmo?), é a chamada Estimativa de Ordem de Magnitude Bruta (OMB). Já na fase de Planejamento, as informações
vão se tornando mais realísticas, pois temos as informações relativas ao Escopo mais definidas, e consequentemente temos uma EAP (Estrutura Analítica de Projeto) e seus desdobramentos em
termos de atividades e pacotes de trabalho, portanto a precisão da estimativa
dos custos aumenta para -10% a +25% do real, pois o GP poderá estimar os custos de
cada atividade.
E como são feitas as
estimativas? Quando começamos a fazer
estimativas, ela tem uma margem de erro, influenciada até pelo tipo de projeto
que está se realizando. Se for, por
exemplo, um projeto de um prédio no centro do Rio , você pode fazer uma
estimativa de forma análoga, já que foram feitos milhares de outros prédios e
existe portanto um histórico. E se
quisermos fazer um projeto de marketing. Em cima de quê? De um projeto que já
foi feito antes. Então se aplica uma
estimativa análoga. Mas e se nunca foi
feito antes? Bom, pode-se pedir ajuda
aos especialistas, utilizar um bom senso, informações históricas, etc... Uma coisa que é importante frisar, da mesma
forma que comentamos com relação as estimativas de tempo, o envolvimento da
equipe e de quem vai realizar a atividade na definição destes custos também é
muito importante.
Lembra-se que quando estávamos
desenvolvendo o Cronograma, fizemos o levantamento dos recursos (pessoas, equipamentos, material
etc), estimando HH, custo de material etc? Pois agora é a hora de utilizar estas
informações nas estimativas, somando cada atividade que compõe aquele pacote de
trabalho, para chegar ao custo total de cada pacote. E consequentemente, ao se somar os custos de
todos os pacotes teremos o custo do projeto consolidado. Esta prática é intitulada BOTTOM-UP, ou de
baixo para cima, fazer isso requer uma EAP exata. Já o inverso, TOP-DOWN, ou de cima para baixo, também pode ser aplicado, mas não é muito utilizado.
CONTINUA....
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