Já comprou um produto e veio com defeito? Quem nunca passou
por isso? Eventualmente até nos acostumamos com isso e logo corremos atrás do
nosso direito de consumidor e realizamos a troca e assim nos acostumamos com
isso. Mas já pararam para pensar por que
um produto tem defeito, se não era para ter?
Por que um produto falha? E o
mais importante, qual seria a causa desta falha?
É comum chegarmos em uma fábrica e vermos máquinas
produzindo produtos acabados ou semi-acabados, e um inspetor jogando um outro
produto fora por defeito de fabricação. Da mesma forma como no parágrafo
anterior, muitas empresas acabam se acostumando e aceitando o desperdício como
um processo rotineiro, ou seja que é inevitável por estarem sujeitos a inúmeras
situações incontroláveis. Ok, você aceitaria
impunemente como rotineiro um defeito de fabricação em um avião que fosse
viajar? Ou quem sabe em um equipamento
médico que irá lhe sustentar a vida durante uma operação? Certamente que a
resposta é não.
Por esta razão, acostumar-se ou acomodar-se aos itens
defeituosos não resolve nada, pelo contrário, fica-se cada vez mais longe da
solução do problema. Todos tem que
acreditar e ter fé que é possível reduzir os defeitos, e não importa o defeito,
sua localização, natureza, restrição, nacionalidade, etc. a causa dos defeitos
sempre reside em um motivo e que deve ser tratado: Variação! Simples
assim!! Se a variação acaba, acabam-se
os defeitos. Uma variação sequer seja na matéria prima, nas máquinas, no método
de trabalho ou de inspeção irão acarretar variação.
É claro que não é uma tarefa tão simples quanto o que foi
dito, é necessário estudo, observação, utilização de várias ferramentas e
recursos, análise rigorosa, diagnóstico, etc.
Milhares de empresas e culturas vêm perseguindo a diminuição destas
variações, centenas de pesquisados e especialistas no assunto criaram teorias,
técnicas e ferramentas para o sucesso desta empreitada, e quando se fala em
variação com certeza os métodos estatísticos logo vem a cabeça como as
ferramentas mais utilizadas neste meio. E a metodologia mais famosa é a Six Sigma, que
ao contrário do Lean que é mais focado em desperdício, o Six Sigma é focado em
evitar variação do processo.
Vale ressaltar que pode existir variação da variação. Como?
Explico com a seguinte pergunta: será que uma peça a ser utilizada em um avião de
verdade deveria ter a mesma rigidez com relação a variação do que uma peça a
ser utilizada em um avião de brinquedo? Obviamente
que não, caso contrário o avião de brinquedo iria custar milhões, certo? Sim, pois definitivamente quando mais você queira
diminuir a variação de um processo, com certeza mais investimento terá que
realizar para melhorar a eficiência e rigor da qualidade da matéria prima, das
máquinas, do método de trabalho e da inspeção.
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