...Continuação
Feito isso, chego na hora de determinar as respostas estratégicas aos riscos, ou seja, o que fazer caso o risco ocorra. De acordo com o PMBOK eu tenho 4 (ou seriam 6) opções: posso eliminar, transferir, mitigar, ou aceitar, sendo que aceitar eu posso aceitar ativo ou passivamente, passivamente é o clássico: não faço nada, fica por isto mesmo! Se acontecer, eu vejo no que dá, é mais ou menos por aí. Todos os outros têm algo a ser feito, menos esse. Mas eu não teria que responder ao risco? Não fazer nada, já é uma resposta ao risco. Não fazer nada é fazer alguma coisa nesse caso. Eliminar o risco é quando o risco é inadmissível, evitando totalmente que ele aconteça.
Vamos para o exemplo explicativo: digamos que vocês são do Rio de Janeiro e vão fazer a prova de certificação em São Paulo, ok? Bem, no projeto de vocês para ir a Sampa, para opção em ir de avião, existe um risco: acidente de avião! Para vocês, que por algum motivo ficaram traumatizados com o acidente aéreo dos Mamonas Assassinas, simplesmente vocês identificaram que é inadmissível ter este risco, daí vocês decidem eliminar este risco, e de que maneira? Indo de ônibus. Vocês eliminaram totalmente o risco de cair em um voo de avião, mas peraí e o risco de um acidente de ônibus? Pois é, esta é uma coisa que acontece com frequência: um risco acaba gerando outro.
Neste caso, você eliminou o risco do acidente de avião, mas como a identificação de riscos é contínua, você tem que tratar o outro risco, que outro risco? Os riscos residuais, secundários e por aí vai, é risco em cima de risco. Você tem que identificar isso até chegar ao ponto aceitável do risco.
Existe ainda outro aspecto, consideremos que vocês não aceitam os riscos pela viagem de ônibus também, então optam por ir de carro, mas mesmo assim, problemas podem ocorrer com o carro, e se mesmo assim ocorrer algum acidente? O que fazer com relação a este risco? Neste caso, pode-se transferir, total ou parte deste risco, fazendo um seguro, dessa forma o seguro irá bancar o conserto do seu carro e de terceiros, irá pagar todo tratamento e assistência médica caso necessite, etc.
Mesmo eliminando ou transferindo o risco, você também poderá adotar outras medidas para diminuir a probabilidade, isto é, mitigar o risco: se vai de carro, durma bem antes, revisa o carro, vai de dia, verifico todos os equipamentos de segurança, providencia um GPS, etc.
Mesmo com tudo isso, ainda vai restar algum risco certo? Pois bem, aceito passivamente o risco que sobrou. Mas, se ainda eu não quiser aceitar passivamente o risco, posso aceitar o risco ativamente através da criação de um plano de contingência. Por exemplo: contrato uma assistência 24 horas com carro reserva, pois caso o carro dê algum problema, poderei acionar o reboque e continuar minha viagem com um carro reserva, e ainda posso deixar meu plano de saúde com serviço de remoção em prontidão caso haja necessidade, estas seriam medidas relacionadas com meu plano e minhas reservas de contingência. Entenderam como funciona a resposta ao risco?
Como falamos anteriormente, a atualização da lista de riscos é uma saída importante de todos os processos de risco dentro do gerenciamento de projetos, pois atende a necessidade da identificação e atualização dos riscos ao longo do projeto.
Ademais, o acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais, identificação dos novos riscos, execução de planos de respostas a riscos e avaliação da sua eficácia durante todo o ciclo de vida do projeto.
Lembrando que há sempre a integração destes processos tanto entre si como com processos de outras áreas de conhecimento, afinal os riscos são oriundos de todas as disciplinas do gerenciamento de projeto.
Para ser bem sucedida uma empresa deve estar comprometida com uma abordagem de gerenciamento de riscos pró-ativa e consistente durante todo o projeto.
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